martes, 7 de diciembre de 2010

DECLARACIÓN DE ARARIPE (Español - Portugués - Francés)


DECLARACIÓN DE ARARIPE

Entre los días 17 y 19 de Noviembre de 2010, se organizó en el Geopark Araripe (Brasil) la 1ª Conferencia Latinoamericana y Caribeña de Geoparques (LAC), con el apoyo de la UNESCO, com la asistencia de 250 delegados representantes de países de diversos continentes.
Como resultado de los encuentros y discusiones efectuadas en el transcurso de este evento, fue adoptada por los participantes la Declaración de Araripe, como sigue a continuación:

1. Los Geoparques desarrollados bajo el apoyo de la UNESCO constituyen los nuevos territorios del siglo XXI.
La filosofía y visión de estos territorios, donde la conservación, valorización y educación tanto sobre el patrimonio Geológico – la memoria de la Tierra –, como sobre el patrimonio natural y el patrimonio cultural tangible e intangible, se encuentran al servicio de un desarrollo sustentable y corresponden a una necesidad y a una preocupación de los pueblos de la región continental de América Latina y el Caribe.
2. Estos países deben esforzarse em pro de la creación y el desarrollo de Geoparques valorizando sus realidades, basada sobre una de las mayores biodiversidades del mundo y una amplia y diversificada historia geológica, que pueden ser descubiertas a través de sitios excepcionales, de una larga historia y de la memoria hunana, conservadas, entre otros, gracias a la presencia de las poblaciones indígenas, transmitiendo de esta forma una visión holística de relación entre la Tierra y sus habitantes, a través del rescate de su identidad.

3. Los proyectos de creación de Geoparques apenas podrán tener sentido y éxito con la participación efectiva de todos sin excepción.
La definición de los diferentes elementos patrimoniales de un territorio, de sus intereses, y de sus necesidades de uso, conservación y valorización, debe resultar del trabajo de equipos científicos multidisciplinarios (geólogos, paleontólogos, biólogos, educadores, etnólogos, historiadores, economistas, gestores, etc.). Las políticas de desarrollo sustentable deben también resultar del trabajo de reflexión de equipos pluridisciplinarios en los cuales se incluyan autoridades a todos los niveles, representantes de la población local y representantes de la sociedad.
4. Una de las singularidades y riqueza hunana de nuestra región continental es la presencia de poblaciones indígenas. Éstas tienen consagrado su derecho a la libre determinación. Se asumen como el espejo del mundo natural en que viven y poseen conocimientos tradicionales y derechos de protección del conocimiento sobre plantas, donde destacan las hierbas medicinales, animales, paisajes, rocas y minerales. Esta relación ética, espiritual y sagrada con la naturaleza debe ser entendida como un valor adicional inestimable para todos los projetos de Geoparques en América Latina y el Caribe.

5. El desarrollo sustentable en un Geoparque no significa necesariamente una apuesta turística ni la apertura de territorios naturales sensibles a un turismo de masas. Representa sí un turismo consciente, responsable e independiente. Un Geoparque debe ser un verdadero territorio de ideas y de proyectos y su estrategia de desarrollo sustentable debe ser innovadora, ponderada, integrada y respetuosa de las tradiciones y voluntades locales, y debe proporcionar igualdad entre su población. Además de eso, la creación de una marca para los productos del territorio del Geoparque, basada en un conjunto de especificaciones de calidad, deberá constituir un elemento importante de su desarrollo económico.

6. Los Geoparques representan un estandarte de un territorio de alta calidad que apenas puede ser obtenido con un trabajo en red a nivel local, nacional, regional y mundial. Este permitirá el desarrollo de instrumentos de cooperación regional y global, a través del intercambio de experiencias y prácticas de gestión entre Geoparques y la propuesta de múltiples acciones de formación tanto de los actores socio-económicos del territorio como de los futuros gestores de nuevos proyectos de Geoparques.

7. El Gobierno del Estado de Ceará, creador, junto con la Universidad Regional de Carirí, del primer Geoparque de América Latina y el Caribe, con el apoyo del Gobierno Federal de Brasil, se compromete en esta declaración a mobilizar los medios humanos, tecnológicos y económicos para apoyar y facilitar el desarrollo de proyectos de Geoparques en esta región, antecediendo así a la creación de una futura Red Latinoamericana y Caribeña de Geoparques.



Suscrita en el Geoparque Araripe (Ceará, Brasil) el día 19 de Noviembre de 2010.


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DECLARAÇÃO DO ARARIPE

Entre os dias 17 e 19 de Novembro de 2010, ocorreu no Geopark Araripe (Brasil) a 1ª Conferência Latino-Americana e Caribenha de Geoparques (LAC), com o apoio da UNESCO, tendo estado presentes 250 delegados representantes de países de diversos continentes.
Em resultado dos encontros e discussões efetuadas no decurso deste evento, foi adotada pelos participantes a Declaração do Araripe, com o seguinte teor:

1. Os Geoparques desenvolvidos sob os auspícios da UNESCO constituem os novos territórios do século XXI.
A filosofia e a visão desses territórios, onde a conservação, valorização e educação tanto sobre o patrimônio Geológico – a memória da Terra –, como sobre o patrimônio natural e o patrimônio cultural tangível e intangível, encontram-se ao serviço de um desenvolvimento sustentável e correspondem a uma necessidade e a uma preocupação dos povos da região continental da América Latina e do Caribe.
2. Estes países devem esforçar-se em prol da criação e do desenvolvimento de Geoparques valorizando a sua realidade, baseada sobre uma das maiores biodiversidades do mundo e uma ampla e diversificada história geológica, que podem ser descobertas através de sítios excepcionais, de uma longa história e da memória humana, conservadas, entre ouros, graças à presença da população indígena, transmitindo desta forma uma visão holística de relação entre a Terra e os seus habitantes, através do resgate da sua identidade.

3. Os projetos de criação de Geoparques apenas poderão ter sentido e êxito com a participação efetiva de todos sem exceção.
A definição dos diferentes elementos patrimoniais de um território, dos seus interesses, e das suas necessidades de uso, conservação e valorização, deve resultar do trabalho de equipes científicas multidisciplinares (geólogos, paleontólogos, biólogos, educadores, etnólogos, historiadores, economistas, gestores, etc.). As políticas de desenvolvimento sustentável devem também resultar do trabalho de reflexão de equipes pluridisciplinares nas quais se incluam autoridades a todos os níveis, representantes da população local e representantes da sociedade.
4. Uma das especificidades e riqueza humana da nossa região continental é a presença de populações indígenas. Estas têm consagrado o seu direito à livre determinação. Assumem-se como o espelho do mundo natural em que vivem e possuem conhecimentos tradicionais e direitos de proteção do conhecimento sobre plantas, com destaque para as ervas medicinais, animais, paisagens, rochas e minerais. Esta relação ética, espiritual e sagrada com a natureza deve ser entendida como um valor adicional inestimável para todos os projetos de Geoparques na América Latina e no Caribe.

5. O desenvolvimento sustentável em um Geoparque não significa necessariamente uma aposta turística nem a abertura de territórios naturais sensíveis a um turismo de massas. Representa sim um turismo consciente, responsável e independente. Um Geoparque deve ser um verdadeiro território de idéias e de projetos e a sua estratégia de desenvolvimento sustentável deve ser inovadora, ponderada, integrada, respeitadora das tradições e vontades locais, além de proporcionar igualdade entre a sua população. Além disso, a criação de uma marca para os produtos do território do Geoparque, baseada num conjunto de especificações de qualidade, deverá constituir um elemento importante do seu desenvolvimento econômico.

6. Os Geoparques representam um estandarte de um território de alta qualidade que apenas pode ser obtido com um trabalho em rede no nível local, nacional, regional e mundial. Este permitirá o desenvolvimento de instrumentos de cooperação regional e global, através da partilha de experiências e práticas de gestão entre Geoparques, e a proposta de múltiplas ações de formação tanto dos atores sócio-econômicos do território como dos futuros gestores de novos projetos de Geoparques.

7. O Governo do Estado do Ceará, criador, com a Universidade Regional do Cariri, do primeiro Geoparque da América Latina e Caribe, com o apoio do Governo Federal do Brasil, se compromete nesta declaração a mobilizar os meios humanos, tecnológicos e econômicos para apoiar e facilitar o desenvolvimento de projetos de Geoparques nesta região, antevendo assim a criação de uma futura Rede Latino-Americana e Caribenha de Geoparques.



Lavrada no Geoparque do Araripe (Ceará, Brasil) no dia 19 de Novembro de 2010.


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DECLARATION D’ARARIPE

Du 17 au 19 Novembre 2010, s’est déroulée dans le Geopark Araripe (Brésil) sous l’égide de l’UNESCO, la première Conférence Latino Américaine et Caribéenne des Geoparks (LAC) à laquelle ont participés 250 délégués et représentants de différents pays et continents.
Cette déclaration d’Araripe fut adoptée comme résultat des rencontres et discussions qui se sont produites durant cet événement.

1. Les Geoparks développés avec le soutien de l’UNESCO constituent les nouveaux territoires du XXIeme siècle.
La philosophie et la vision de ces territoires où la conservation, la valorisation et l’éducation sur le patrimoine géologique- la mémoire de la terre-, le patrimoine naturel et le patrimoine culturel matériel et immatériel, se rencontrent au service d’un développement durable, correspondent à une nécessité et à une préoccupation des pays de la région continentale Amérique Latine et Caraïbes.

2.Ces pays doivent s’efforcer d’appuyer la création et le développement de Geoparks valorisant leurs propres réalités régionales basées sur une des plus importantes biodiversité du monde, une histoire géologique ample et diversifiée qui peut être découverte à travers de sites exceptionnels et une longue histoire et mémoire humaine conservée, entre autres, grâce à la présence de peuples indigènes transmettant une vision holistique de la relation entre la Terre et ses habitants à travers le sauvetage de leur identité.

3. Les projets de création de Geoparks ne peuvent avoir de sens ni de réussite sans la participation effective de tous, sans exception.La définition des différents éléments patrimoniaux d’un territoire, de ses éléments d’intérêt et de ses nécessités en termes d’utilisation, de conservation et de valorisation doit résulter du travail d’équipes scientifiques multidisciplinaires (géologues, paléontologues, biologistes, éducateurs, ethnologues, historiens, économistes, gestionnaires, etc..). Les politiques de développement durable de ces territoires doivent résulter de la réflexion d’équipes pluridisciplinaires dans lesquelles doivent se retrouver les représentants, à tous les niveaux, des autorités, comme les représentants des communautés locales et de la société civile.


4. Une des particularités et richesse humaine de notre région continentale est la présence de peuples indigènes. Ceux-ci ont leurs pleins droits à leur libre détermination.Ils constituent un miroir du monde naturel dans lequel ils vivent et possèdent des connaissances traditionnelles, comme un droit à la propriété intellectuelle, sur les plantes, en particulier les plantes médicinales, les animaux, les paysages, les roches et les minéraux.Cette relation éthique, spirituelle et sacrée avec la nature doit être considérée comme une valeur ajoutée inestimable a tout projet de Geopark en Amérique Latine et Caraïbes.

5. Le développement durable dans un Geopark ne signifie pas nécessairement une orientation touristique lourde ni l’ouverture de territoires naturels sensibles à un tourisme de masse. Il doit représenter un tourisme conscient, responsable et indépendant. Un Geopark doit être un véritable territoire d’idées et de projets. Sa stratégie de développement durable doit être innovante, pondérée, intégratrice, respectueuse des traditions et volontés locales et garantir une équité pour sa population.
De plus, la création, pour les produits du Geopark, d’un label basé sur une charte de qualité est, par exemple, un élément important de son développement économique.

6. Les Geoparks représentent un standard de territoire de haute qualité qui peut seulement être obtenu grâce à un travail de réseau au niveau local, national, régional et mondial.
Celui-ci permettra le développement d’instruments de coopération à travers l’échange d’expériences et de pratiques de gestion entre Geoparks et la proposition de multiples actions de formation tant pour les acteurs socio-économiques du territoire que pour les futurs gestionnaires de nouveaux projets de Geoparks.

7. Le Gouvernement de l’Etat du Ceara, créateur avec l’Université Régionale de Cariri du premier Geopark d’Amérique Latine et des Caraïbes, se compromet, dans cette déclaration avec l'appui du Gouvernement Fédéral du Brésil, à mobiliser les moyens humains, technologiques et financiers pour appuyer et faciliter le développement de projets de Geoparks dans cette région, préfigurant ainsi le futur réseau Latino Américain et Caribéen de Geoparks.

Écrit dans le Geopark d’Araripe (Ceara, Brésil) le 19 Novembre 2010

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